segunda-feira, 13 de março de 2017

Médicos paralisam atendimentos do PLAMTA e IAPEP

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Médicos do Piauí suspenderam nesta segunda-feira (13) o atendimento a pacientes do Plano Médico de Assistência e Tratamento (PLAMTA) do Governo do Estado do Piauí, e do  IAPEP, ambos ligados à administração estadual. A categoria reivindica o atraso de cinco meses no pagamento.
Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos, Samuel Rêgo, a paralisação de advertência foi definida durante assembleia geral realizada na terça-feira (7). Ele destacou que o objetivo do movimento é alertar a população e os gestore sobre o descaso do governo com os planos de saúde.
“O Iapep e o Plamta são os dois maiores planos do estado, porque são utilizados pelos servidores públicos do Piauí. Infelizmente nos últimos anos vem acontecendo um declínio na prestação de serviço, tanto em relação aos usuários e médicos. Estamos há cinco meses sem pagamento e quando vamos receber descobrimos que procedimentos pré-autorizados estão sendo glosados [não serão pagos]”, comentou.
Ainda de acordo com Samuel Rêgo, vários pontos de negociação discutidos com os representantes dos dois planos não estamos sendo cumpridos, e o servidor para conseguir um procedimento só via judicial. Outra denúncia feita pelo sindicato é que há 10 anos os médicos não recebem aumento nos procedimentos, apenas nas consultas.
“A contribuição do servidor é descontado em folha. O que a gente pergunta é para onde vai esse dinheiro? Porque quando ele precisa fazer uma cirurgia ou exame são negados, então ele precisa recorrer na justiça. Como fazemos uma boa medicina dessa forma? A situação é delicada”, lamentou.
A presidente do Instituto de Assistência à Saúde do Servidor do Estado (Iasp), Daniela Aita, informou que os pagamentos estão sendo realizados. “Durante este ano foi realizado o pagamento de outubro e novembro de 2016, mas a fatura de dezembro do ano passado continua em curso e deve ser pago agora em março”, declarou.
Daniela Aita ressaltou o cumprimento do calendário acordado e que após quitar os débitos do ano passado, o Iasp vai abrir o sistema para emissão da nota fiscal referente aos serviços prestados o mês de janeiro. A partir espera regularizar os repasses.
Impasse
Em janeiro, o sindicato suspendeu os atendimentos como consultas, exames e cirurgias eletivas, ficando de fora as urgências e procedimentos em curso, como, por exemplo, pessoas em pós-operatório. Com a decisão, cerca de 200 mil pessoas ficam sem atendimento por esses convênios
Segundo o sindicato, não houve resolução sobre a dívida acumulada ao longo do segundo semestre de 2016 e o governo prometeu pagar R$ 14 milhões devidos a hospitais, clínicas e laboratórios apenas no dia 31 de janeiro. A entidade decidiu que os atendimentos ficam suspensos até que esse dinheiro seja depositado.
Fonte: G1

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