Lei Maria da Penha completa 10 anos, o que mudou em Picos?

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Completados 10 anos de vigência da Lei Maria da Penha no Brasil, aprovada em 7 de agosto de 2006, contribuiu com a diminuição em cerca de 10% na taxa de homicídios contra as mulheres dentro das residências, segundo levantamento divulgado pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea).
Para a coordenadora municipal da Mulher, Maria José do Nascimento, em Picos, a violência contra a mulher ainda é alarmante. Ela conta que tem-se notado um aumento nos registros, não por conta que aumentou a violência, mas porque as mulheres estão denunciando mais.

Maria José (Nega Mazé) fala ainda que as taxas, em geral, de violência e assassinatos podem ser reduzidas gradativamente devido à severidade da Lei, que tem buscado punir os agressores. Ela afirma que é necessário não apenas prender o agressor, mas deve-se tentar educá-lo. A coordenadora fala ainda que é necessário um enfrentamento maior por parte dos órgãos públicos
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(Coordenadora da Mulher em Picos, Maria José do Nascimento)
“Há uma necessidade grande de reeducar o agressor, não adianta ficar trabalhando só a mulher específica, porque ela é a vítima, nós temos que trabalhar o agressor, por exemplo. Nós temos trabalhado durante esses 10 anos alguns pontos que é a criação da rede de enfrentamento de Picos, que ainda precisa ser institucionalizada, mas ela já existe, as entidades e os órgãos públicos atuando no enfrentamento, mas nós precisamos institucionalizar, legalizando inclusive. Nós temos uma proposta agora para esse segundo mandato, o município pretende estar se unindo com as universidades, com a sociedade civil local organizada para a gente ir em busca dessa legalização da rede de enfrentamento”, conta.

A coordenadora da mulher fala ainda que falta uma estrutura maior da delegacia da Mulher em Picos, pois é necessário, que após a denúncia a mulher se sinta protegida.
O comandante da Polícia Militar de Picos, coronel Edwaldo Viana, fala que o “o local onde a mulher mais apanha no Piauí é em Picos”. Ele afirma que as mulheres ainda têm medo de denunciar e permanecem caladas sobre o mesmo teto do agressor.

Em Picos foi criado o Grupo de Assistência às Mulheres Vitimas de Violência (GAMVV), cujo objetivo é conceder um tratamento especial no combate à violência contra a mulher na cidade de Picos. Uma viatura foi personalizada e disponibilizada exclusivamente para ocorrências de violência contra a mulher. Uma guarnição da Policia Militar fica à disposição 24 horas para atender essas ocorrências.
No geral, em Picos a violência apresenta os mesmos índices, segundo a coordenadora da Mulher, porém as mulheres estão se libertando mais, denunciando e isso por ser devido ao apoio que a Lei Maria da Penha dá a elas. Contudo, é necessário denunciar.
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