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A partir dsta terça-feira, 10 de janeiro, estarão
suspensos todos os procedimentos eletivos (aqueles que têm data programada)
para segurados dos planos de saúde do Governo do Estado (PLAMTA) e da
Prefeitura de Teresina (IPMT). A medida decorre de um atraso de quatro meses
nos pagamentos por consultas, exames, cirurgias e internações.
Os valores devidos pelos planos de saúde dos servidores
públicos do Estado e do município de Teresina superam os R$ 15 milhões.
No caso do IPMT, soma-se ao atraso o não cumprimento de acordo firmado
ano passado para que a tabela de procedimentos fosse equiparada aos
valores pagos pelo Plamta.
Ofícios assinados pelos dirigentes do
Sindicato dos Hospitais foram encaminhados nesta sexta-feira, 6 de
janeiro, aos gestores dos dois planos de saúde informando que, em face
do não pagamento dos procedimentos, os estabelecimentos privados de
saúde se veem compelidos a suspender os atendimentos.
As perdas financeiras para a rede
clínico-hospitalar e laboratorial de Teresina começam a impactar
negativamente em seus custos, podendo, no limite, resultar em corte de
custos – o que incluiria, por exemplo, desligamento de pessoas para uma
redução do custeio salarial. Sem os pagamentos, também há risco de
comprometimento da qualidade dos serviços.
Os dois planos de saúde de funcionários
públicos estaduais e municipais de Teresina têm pelo menos 200 mil
usuários e a maioria se utiliza de serviços prestados em Teresina. Para
se ter uma noção de grandeza do universo de pessoas atendidas, o Plamta
tem mais usuários que dois dos maiores planos médicos privados do Piauí,
a Unimed Teresina e o Humana Saúde.
A suspensão dos atendimentos anunciada
pelos estabelecimentos clínico-hospitalares e laboratoriais de Teresina
somente deve atingir consultas, exames e cirurgias eletivas, ficando de
fora as urgências e procedimentos em curso, como, por exemplo, pessoas
em pós-operatório.
Ao anunciar
a suspensão dos atendimentos, o Sindicato dos Hospitais informou que a
adoção desta medida decorre não da vontade da entidade, mas do
imobilismo dos gestores do Iapep e IPMT, que têm ciência dos atrasos nos
pagamentos, mas seguem sem adotar medidas para sanar o problema.
Pelo menos 50 desses estabelecimentos
devem suspender os procedimentos a partir da próxima semana, até que
sejam normalizados os pagamentos do que é devido à rede desde agosto do
ano passado, no caso do IPMT, e de setembro de 2016, em se tratando do
Iapep.
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