A síndrome de Down é causada
pela presença de três cromossomos 21 em todas ou na maior parte das células de
um indivíduo. Isso ocorre na hora da concepção de uma criança. As pessoas com
síndrome de Down, ou trissomia do cromossomo 21, têm 47 cromossomos em suas
células em vez de 46, como a maior parte da população.
A terapia ocupacional trabalha com a estimulação precoce desde os primeiros meses de vida das crianças . Fotos Jesika Mayara |
No dia 21 de março, é
comemorado em todo o mundo o Dia da Síndrome de Down. A data faz alusão aos
três cromossomos no par de número 21, característico das pessoas portadoras da
síndrome e tem o objetivo de chamar atenção para a luta dos familiares e amigos
pela efetivação dos direitos e da inclusão dos portadores de Down na sociedade.
Os motivos para a ocorrência
da mutação genética ainda são desconhecidos, mas o que sabe é que começa na
gestação, quando as células do embrião são formadas de 47 cromossomos, ao invés
de 46. A data
As crianças portadoras da
síndrome necessitam de estímulo precoce e tempo de desenvolvimento. O
tratamento físico e intelectual pode proporcionar a melhoria na qualidade de
vida e dar a elas mais capacidade para enfrentar os obstáculos e desafios do
dia a dia.
A Associação Piauiense de
Atenção e Assistência em Saúde (APAAS) oferece reabilitação gratuita aos
portadores da síndrome, com vários profissionais aptos a realizar essa
reabilitação como fisioterapeutas, psicólogos, terapeutas ocupacionais,
fonoaudiólogos, educadores e a própria família. Como expressou a terapeuta
ocupacional, Luciana Martins.
“A síndrome vem acompanhada
de algumas características físicas e os portadores possuem algumas limitações.
Essas pessoas precisam de estímulos desde os primeiros meses de vida, quanto
mais cedo se inicie o tratamento, mais rápido irá ser constatado o
desenvolvimento. Antes essas crianças não frequentavam as escolas por receio e superproteção
dos pais, a inclusão vem favorecer o sentido de garantir o desenvolvimento das
mesmas, dentro de suas limitações. A família precisa acreditar no potencial do
portador de Down e investir, ela é parte fundamental do desenvolvimento”, disse
Luciana.
Terapia
ocupacional
A terapia ocupacional
trabalha com a estimulação precoce desde os primeiros meses de vida das
crianças portadoras da síndrome.
“Realizamos a estimulação
sensorial. Trabalhamos o brincar, o sentar e todos os demais aspectos de atraso
cognitivo existentes no paciente. Em caso de crianças maiores iremos estimular
a parte cognitiva através de jogos e atividades corporais”, disse Luciana.
A terapia também trabalha as
atividades da vida diária, em que o paciente possui dificuldades, ensinando
algumas atividades que ele não aprendeu sozinho.
Fonoaudiologia
Os portadores da síndrome
possuem limitações na comunicação, onde o fonoaudiólogo atua na parte da
linguagem.
“A síndrome não é uma
doença, é uma condição de vida. O que achamos mais importante na reabilitação é
o diagnóstico precoce que pode ser feito desde o quinto mês de gestação,
através da ultrassonografia morfológica. Geralmente essas crianças apresentam
uma alteração miofuncional e orofacial. Trabalhamos a motricidade facial com o
alongamento de língua, lábio, bochecha e palato”, disse o fonoaudiólogo Jansen
Anderson.
Fisioterapeuta
Uma das principais
características da síndrome no âmbito da fisioterapia é a hipotonia muscular,
onde os bebês nascem com o corpo mole sendo comum o afrouxamento dos ligamentos
das articulações.
“Ajudamos no processo de
desenvolvimento da criança em todos os aspectos. É importante começar o
tratamento o mais cedo possível algumas das manobras que realizamos diz
respeito a mudança de decúbito, exercícios respiratórios, balanço, entre outras
ações”, disse a fisioterapeuta Mariana Leopoldo.
No caso de pacientes adultos
ou crianças maiores o objetivo do tratamento é diferente, uma vez que eles já
possuem equilibro de tronco e já andam. Nesse caso a reabilitação estimula o
tônus muscular e a resistência cardiopulmonar.
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