A mudança na direção do Terminal Rodoviário Zuza Baldoíno, em Picos,
que agora é gerido pela empresa baiana, Sociedade Nacional de Apoio
Rodoviário e Turístico (Sinart), parece não ter sido suficiente para
sanar os problemas estruturais e organizacionais no local. A opinião
dos comerciantes, passageiros e taxistas é comum: espaço sucateado,
onde o acesso pelas vias à plataforma de embarque e desembarque
encontram-se tomadas pela lama quando em período chuvoso, e no período
de verão o inverso- poeira.
A reportagem de um site local, esteve na Rodoviária de
Picos e constatou vários problemas. Entre os mais gritantes, banheiros
isolados, falta de água para os passageiros tomarem banho, vidros
quebrados, ausência de seguranças, vias tomadas pelo lamaçal e buracos.
Além disso, a lateral direita do Terminal tem servido de lixo a céu
aberto para o depósito de móveis em desuso.
A situação tem revoltado quem necessita utilizar o Terminal de Picos.
Um destes exemplos é o acadêmico da Universidade Federal do Piauí, Igor
Mendonça, que encara a ‘decadência’ estrutural da Rodoviária como uma
falta de respeito aos cidadãos picoenses.
“Em relação ao uso do Terminal Rodoviário Zuza Baldoíno, da cidade de
Picos, as poucas vezes que já utilizei o reflexo que temos é que o
espaço está sucateado. Vemos a falta de compromisso por parte dos órgãos
públicos e também da atual direção do terminal. A estrutura física está
bastante precária e sofremos isso na pele, à medida que, nós cidadãos
picoenses necessitamos utilizá-lo”, afirmou o acadêmico.
Os comerciantes que alugaram boxes no Terminal de Picos relataram que os
problemas têm aumentado com o passar do tempo. Segundo eles a única
ação positiva foi a reforma dos dois conjuntos de banheiros. Mas ‘o que
é bom durou pouco’, e um destes conjuntos encontra-se isolado
aguardando a liberação para uso do público.
Outro problema denunciado pelos comerciantes é a alteração na taxa do
aluguel dos boxes. O metro do estabelecimento passaria a custar
R$50,00, algo que chega em torno dos R$700,00 mensais. Sem condições de
pagarem este valor, os comerciantes entraram com uma ação no Ministério
Público.
O comerciante que não teve a identidade revelada por temer sofrer
perseguições internas, há sete anos possui um ponto de venda na
Rodoviária de Picos e disse que até o momento ninguém tem pagado a taxa
de aluguel.
“A situação só piora. Não temos segurança, diminuiu os funcionários e
o que ainda funciona são os fiscais das passagens.A estrutura como
todos veem acabada. Além disso, estão querendo cobrar uma taxa abusiva
do aluguel dos boxes que não temos como pagar, pois as vendas cada dia
mais fracas. Atualmente não estamos pagando por orientação dos advogados
até que o valor seja realmente estabelecido”, disse o comerciante.
Uma comissão de deputados deve visitar o Terminal Rodoviário Zuza
Baldoíno na próxima quinta-feira (23) para realizar o diagnóstico
situacional do local e, possivelmente adotar novas medidas.
Fonte:http://www.folhaatual.com.br/2015/index.php?page=shmt&ma_id=12959
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